Em um movimento voltado ao aperfeiçoamento da gestão pública local, servidores municipais de Nova Fátima participam de uma oficina de capacitação sobre o sistema ProGov, com o objetivo de tornar mais transparente o uso dos recursos e a execução das políticas no município. A atividade está ocorrendo no plenário da Câmara Municipal e reúne representantes de todos os setores da administração.

A oficina é ministrada por Carlos Hackmann, da empresa Gerenciare Gestão Pública, sediada em Cornélio Procópio. Ao longo dos módulos, os servidores recebem orientações técnicas, metodológicas e práticas para operacionalizar o ProGov e integrar seus setores ao sistema, fortalecendo controles internos, prestação de contas e comunicação com a sociedade.

O que é o ProGov?

O ProGov (Programa de Avaliação de Contas dos Municípios) é uma iniciativa ligada ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). Trata-se de um instrumento institucional que busca aprimorar a qualidade da gestão municipal a partir da avaliação contínua das contas públicas municipais — não apenas sob o aspecto financeiro, mas também observando a efetividade das políticas públicas implementadas.

Alguns dos objetivos centrais do ProGov incluem:

Coletar dados e indicadores junto aos municípios para monitoramento da execução das políticas públicas. 

Avaliar se os municípios estão cumprindo metas, aplicando recursos conforme previsto e gerando resultados concretos para a população. 

Promover uma atuação preventiva do Tribunal de Contas, orientando e capacitando gestores para corrigir falhas antes que se tornem questionamentos formais ou processos de responsabilização. 

Exigir que as prestações de contas municipais incluam informações mais robustas, integrando aspectos financeiros com indicadores de desempenho e impacto social. 

Desde 2022, o TCE-PR tem ampliado suas exigências nas prestações de contas, passando a considerar não somente o cumprimento orçamentário, mas também os resultados tangíveis que as gestões municipais alcançam. 

Ademais, o ProGov se articula com outras iniciativas estaduais de apoio, como o “Conecta 399”, que envolve quatro eixos — capacitação, projetos, interlocução e fomento — para reforçar as boas práticas de gestão nos municípios paranaenses.

Em síntese: ProGov busca promover uma fiscalização mais preventiva, incentivar a correção de rumos em tempo real e elevar o nível de transparência e responsabilidade das administrações municipais.

A oficina em Nova Fátima

Durante a oficina, espera-se que representantes de todos os setores — finanças, planejamento, saúde, educação, obras, meio ambiente, entre outros — aprendam a interagir com o ProGov. Isso inclui:

Inserção e atualização de dados nos módulos do sistema, com foco em indicadores de desempenho;

Integração setorial, para que as secretarias não operem de forma isolada, mas alimentem o sistema com informações consistentes e coordenadas;

Interpretação de relatórios e alertas gerados pelo ProGov, com capacidade de diagnosticar desvios ou deficiências em tempo hábil;

Ajustes operacionais internos, como fluxos de entrada de informação, rotinas de controle interno e verificações cruzadas de dados;

Planejamento da continuidade, para que o uso do ProGov não seja episódico, mas uma prática institucional consolidada.

Espera-se que, após a capacitação, o município fortaleça seus mecanismos internos de controle, reduza erros e omissões nas prestações de contas e amplie a transparência diante da população e dos órgãos de controle externo.

Importância para Nova Fátima

A adoção efetiva do ProGov pode trazer benefícios significativos para Nova Fátima:

Maior confiabilidade nos registros públicos, o que reduz riscos de penalizações ou ressalvas nos pareceres do Tribunal de Contas.

Melhor fiscalização social, já que os cidadãos e conselhos podem acompanhar indicadores de desempenho e resultados de políticas públicas.

Operação preventiva, com correções antes de auditorias formais, diminuindo surpresas negativas.

Melhoria no planejamento, à medida que os gestores passam a monitorar métricas relevantes ao invés de depender apenas de orçamentos e despesas.

Credibilidade institucional, fortalecendo a imagem da gestão perante a população, órgãos estaduais e federais.